ding musa: parêntesis

26 de outubro - 20 de dezembro

unidade de construção - parentesis

Ding Musa apresenta “Parêntesis”, sua terceira individual na Galeria Raquel Arnaud. A mostra, com texto crítico assinado pelo curador Josué Mattos, traz não só as reconhecidas fotografias do artista, mas também instalações, objetos e vídeos, consolidando um percurso de investigação por diferentes suportes, conforme o artista vem fazendo ao longo dos últimos 10 anos.  

Numa definição formal, os parêntesis no caso funcionam para o olhar. “Isso porque a mirada de quem passar pelas obras deve se lançar a sobrevoos, sem perder de vista pousos detidos em partes, com poucos pontos de fuga”, observa Mattos. Segundo o crítico, o trânsito livre do olhar é interrompido por imagens de muros e chãos que comentam algo central na produção do artista: a condição complexa da unidade de construção e suas negociações com sistemas extrativistas promotores de escassez de trabalho, terra e moradia.

A instalação Unidade de construção espacial, formada por uma caixa de som que amplifica (com o uso de um microfone) o tic tac de um relógio de parede, recebe o visitante. A obra faz parte de uma série em diferentes suportes intitulados “Unidade de construção”, onde o artista utiliza metáforas para discutir sobretudo a construção estética em arte. A aparente formalidade encontrada nas fotografias desta série, que retratam elementos da construção civil, é fruto de uma investigação sobre o espaço da arte ou as formas de conhecer e acessar conhecimento através da estética. Segundo o artista, são uma investigação sobre a autoconstrução do homem em geral. “Trabalho muito esse conceito, uso várias metáforas e, para falar disso, junto materiais de construção, grides, grades, cubos tridimensionais, coisas comuns e recorrentes entre muitos artistas que me influenciam, como os minimalistas americanos. Essa coisa aparentemente mais formal tem uma carga política forte”.

Sobre o artista:

Estudou Música e Geografia na Universidade de São Paulo e é formado em Fotografia pelo Senac. Seu trabalho, embora centrado na fotografia, abrange também vídeo, desenho e instalação. A partir de 2002, começou a expor em mostras nacionais e internacionais. Participou das residências de arte tactileBOSCH, em Cardife, País de Gales, em 2004; Carpe Diem Arte e Pesquisa, em Lisboa, Portugal, em 2012; e C.A.J. Artist In Residence Program, em Tóquio, Japão, em 2015. Ministrou aulas de História da Fotografia no Senac e no Sesc Santana, em 2009 e 2010, respectivamente. Também trabalhou como diretor de fotografia para cinema, curtas metragens, séries e documentários, participando do longa-metragem "Campo da Paz", realizado na Palestina.

Suas obras estão em diversos museus, entre eles os Museus de Arte Moderna de Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza (Centro Dragão do Mar), o Museu de Arte Contemporânea de Goiás, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná, o Museu do Estado do Pará, o Salão de Arte de Ribeirão Preto e o Acervo Municipal no Centro Cultural São Paulo. Recentemente, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul adquiriram séries de obras do artista. A Galeria Raquel Arnaud representa o artista desde 2014, ano em que apresentou a exposição individual Equações.

Serviço:

Abertura: 26 de outubro, das 11 às 16h

Até 20 de dezembro de 2019

Informações à Imprensa

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