PINTURAS DE CÉLIA EUVALDO E ELIZABETH JOBIM: ENSAIOS | ABERTURA NA GALERIA RAQUEL ARNAUD

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A exposição de pinturas de Célia Euvaldo na Galeria Raquel Arnaud se destaca pela presença de cores abertas e vibrantes em contraste com os habituais pretos e brancos. As grandes telas apresentam esse diálogo inédito com o rigor de sempre: cada uma delas se resolve na simultaneidade entre intenção e ação, sem recorrer a padrões pré-estabelecidos. Segundo Ronaldo Brito, que assina o texto da exposição, a introdução de vermelhos, amarelos e azuis – que chegaram de dentro para fora, sem compromissos extrínsecos – parece dar a cada quadro um tônus vital inconfundível, um temperamento distinto.

As cerca de 10 telas inéditas, em grandes formatos, reunidas na exposição, dão continuidade ao processo desenvolvido por Euvaldo na Oficina Mul.ti.plo, no Vale das Videiras, em Petrópolis (RJ), no ano passado. Registrado pelas lentes do diretor e fotógrafo Walter Carvalho, o site specifc pictórico – a artista pintou diretamente nas paredes do espaço – trazia o início da experiência com outras cores, inseridas no seu preto e branco de reconhecida fatura.

Para Brito, assim como ocorre com o preto marfim, também as cores abertas não destilam uma química de pintura, empenhadas em revelar a identidade única deste violeta, desse laranja ou daquele azul. “Elas irrompem no quadro, resolutas, instintivamente misturadas e diluídas. A sabedoria consiste em achar sua “temperatura”, o grau de intensidade que as confronte e aproxime aos pretos e brancos com os quais se estranham e convivem. Muito menos funcionariam como sinais gráficos, nítidos, positivos, a guiar um processo formal, de antemão, seguro de si. Pelo contrário, como prova sua fatura rápida e líquida, em tudo oposta ao preto matérico, castigado de ranhuras, elas introduzem uma descontinuidade flagrante nessas telas que, justo porque sustentam uma forma instável – não cedem, enfim, a uma prévia harmonia – se mostram tão íntegras”, completa Ronaldo Brito.

 

Sobre a artista

 

Célia Euvaldo (São Paulo,1955) começou a expor em meados da década de 1980. Suas primeiras exposições individuais foram na Galeria Macunaíma (Funarte, Rio de Janeiro, 1988), no Museu de Arte Contemporânea (São Paulo, 1989) e no Centro Cultural São Paulo (1989). Ainda em 1989 ano ganhou o I Prêmio no Salão Nacional de Artes Plásticas da Funarte. Desde então tem exposto regularmente em mostras individuais e coletivas em galerias e instituições. Participou, notadamente, da 7ª Bienal Internacional de Pintura de Cuenca, Equador (2001) e da 5ª Bienal do Mercosul (2005). Realizou exposições individuais, entre outros, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 1995, 1999 e 2015/16), na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2006), no Centro Cultural Maria Antonia (São Paulo, 2003 e 2010), no Museu de Gravura da Cidade de Curitiba (2011) e no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2013).

Em 2016, participou da mostra coletiva Cut, Folded, Pressed & Other Actions na David Zwirner Gallery, em Nova York. Em 2017 realizou exposições individuais no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e Ribeirão Preto.

 

Elizabeth Jobim

Dois anos depois de sua última exposição na galeria, Elizabeth Jobim retorna com Ensaios, desdobramento da mostra Jazida, inaugurada em maio no Museu do Açude, no Rio de Janeiro, em cartaz até novembro de 2018. Jobim traz uma série de esculturas inéditas de medidas variadas que serão dispostas no segundo piso da galeria. Cada uma compreende um ou dois elementos produzidos em materiais distintos como gesso, cimento e pedra em dimensões variadas. O texto da exposição é assinado por Marta Mestre.

Sobre a artista

Desenhista, pintora e gravadora. Realizou estudos de desenho e pintura com Anna Bella Geiger (1933), Aluísio Carvão (1920 –¬ 2001) e Eduardo Sued (1925), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), entre 1981 e 1985. Cursou comunicação visual na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), a partir de 1981. Entre 1988 e 1989, na mesma universidade, fez curso de especialização em História da Arte e da Arquitetura no Brasil. Entre 1990 e 1992, faz mestrado em Belas Artes na School of Visual Arts, em Nova Iorque, Estados Unidos. Passou a lecionar eventualmente Desenho e Pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), no Rio de Janeiro. Dentre suas exposições individuais, destacam-se Aberturas (Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2006), Endless Lines (Lehman College, Nova Iorque, 2008) Em Azul (Estação Pinacoteca, São Paulo, 2010) e Blocos (MAM-Rio, 2013). Dentre as coletivas, podemos citar Como vai você, Geração 80? (EAV-Parque Lage, Rio de Janeiro,1984), Panorama da Arte Atual Brasileira (MAM-São Paulo, 1990), Arte Contemporânea Brasileira (Galeria Nacional de Belas Artes, Pequim, 2001), 5a. Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2005 ), Art in Brazil 1950-2011 – Europalia 2011 (Palais de Beaux-Arts, Bruxelas, 2011) e (de) (re) construct (Bronx Museum, Nova Iorque, 2015). Seu trabalho integra coleções como as do MAM-Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz – (Ribeirão Preto), entre outras.

 

Exposição: Pinturas de Célia Euvaldo e Ensaios, de Elizabeth Jobim

Abertura: 04 de setembro, às 19h

Período expositivo: de 05 de setembro a 27 de outubro de 2018

Imagens: https://bit.ly/2OdadaM

 

Galeria Raquel Arnaud

De segunda a sexta, das 10h às 19h, sábado, das 12h às 16h.

Rua Fidalga, 125 – Vila Madalena – Fone: 11. 3083-6322

 

Informações à Imprensa

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