SéRVULO ESMERALDO

Crato, CE, 1929 – 2017

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Lentes 01, 1968-2008, plástico, água e cabos de nylon, 420 x 420 cm (cada peça)

Lentes 01, 1968-2008, plástico, água e cabos de nylon, 420 x 420 cm (cada peça)



Biografia

Escultor, gravador e desenhista, Sérvulo Esmeraldo iniciou-se profissionalmente no final da década de 1940, frequentando o ateliê livre da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Scap), em Fortaleza. Transferiu-se para São Paulo em 1951. O trabalho temporário na Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) nutriu seu interesse pela matemática e repercutiu em seu futuro: em 1957, trabalhando como xilógrafo e ilustrador do Correio Paulistano, expôs individualmente no Museu de Arte Moderna de São Paulo uma coleção de gravuras de natureza geométrica construtiva. O refinamento do seu trabalho foi decisivo para a obtenção da bolsa de estudos do governo francês que o levou, no mesmo ano, para uma longa estada na França.

Em Paris, frequentou o ateliê de litogravura da École Nationale des Beaux-Arts e estudou com Johnny Friedlaender. Na década de 1960 dedicou-se à projetos movidos a motores, ímãs e eletroímãs. Utilizando-se apenas da magia da eletricidade estática chegou à série de Excitables, trabalho que o particularizou na arte cinética internacional. Em 1977 iniciou o retorno à terra natal, trabalhando em projetos de arte pública que incluíam esculturas monumentais na paisagem urbana de Fortaleza, cidade para onde se mudou em 1980 e que hoje abriga cerca de quarenta obras de sua autoria. Foi o idealizador e curador da Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras (Fortaleza, 1986 e 1991). Com diversas exposições realizadas e participação em importantes salões, bienais e outras mostras coletivas na Europa e nas Américas (Realité Nouvelle, Salon de Mai, Bienale de Paris, Trienal de Milão, Bienal Internacional de São Paulo, entre outras), sua obra está representada nos principais museus do país e em coleções públicas e privadas do Brasil e exterior. Em 2011, a Pinacoteca do Estado organizou importante retrospectiva da obra do artista. Em 2012, a Galeria Raquel Arnaud que o representa desde 2009, apresentou um recorte de seu trabalho na exposição "Simples como um triângulo". Lançou os livros A linha e a luz e É pericoloso spogersi em 2015, mesmo ano em que voltou à Galeria Raquel Arnaud com a mostra “Traço volume espaço”.